Caminhoneiros ameaçam paralisação maior que de 2018 se não tiverem reivindicações atendidas
Por Lavínia Covas
Do G7 Informe
14/01/2021 | 6h55
Caminhoneiros de todo Brasil estão pretendendo cruzar seus braços de novo, a partir de 1º de fevereiro.
A medida tem ganhado força especialmente nas últimas semanas por conta da alta do diesel.
Os caminhoneiros alegam que 70% da categoria quer a greve, e que ela será maior do que a realizada durante o governo Michel Temer, que parou o país e quase quebrou a economia
nacional.
Para o grupo, não há problema em ficar dias ou semanas parados em meio a pandemia,
um dos responsáveis pelo movimento disse que durante a pandemia, os caminhoneiros não pararam mesmo com fome nas estradas porque restaurantes estavam fechados.
A categoria exige uma política de preço mínimo para fretes,
que foi prometida em 2018 mas que até hoje não saiu do STF.
Exige uma política nacional de reajuste para o diesel, e que não siga o mercado internacional, tendo valores reajustados pelo menos a cada 6 meses.
Hoje o reajuste não tem data para ocorrer e flutua.
Outros pontos são reivindicados e os caminhoneiros exigem uma reunião com o Presidente Jair Bolsonaro.
Em 2018, enquanto deputado ele apoiou a greve e esteve presente nos movimentos.
Isso lhe rendeu capital político, com os transportadores apoiando-o nas eleições.
Agora eles querem de volta, a cobrança desse apoio para que Bolsonaro mostre que realmente está com eles.
Dificilmente isso deve acontecer,
o Brasil não dá mostras de que deva atender a nem uma reivindicação, pelo menos nesse momento.
O que pode gerar uma nova paralisação e que pode ser caótica.
Além de produtos e preços explodirem de novo, outro problema que se corre é que a economia pode não sobreviver a uma nova parada dos caminhoneiros, pois ela está em cacos por
conta da pandemia.
O que é ruim, pode piorar muito depressa se nada for feito.
É claro que o governo federal não deve acatar, mas é preciso conversar e negociar com a categoria.
A greve não pode ser um recurso aceitável e se chegar, caberá a Justiça inibi-la.
As pessoas tem direito em fazer reivindicações, mas não ao custo da economia do Brasil.