Economia – Governo federal pode criar programa de Microcrédito para substituir Auxilio a partir de janeiro
Por Nathália Moreira
Do G7 Informe
12/11/2020 | 6h29
O governo federal continua estudando, alternativas para o final do Auxilio Emergencial, pago para trabalhadores informais com a pandemia da Covid-19.
O Auxilio se encerra em 31 de dezembro, e uma grande preocupação é o que será feito com essas pessoas após esta data, já que ainda encontra-se em estado de pandemia no Brasil
e no mundo.
O governo não vai prorrogar o estado de calamidade, que vigora no país até 31 de dezembro.
E não vai prorrogar, o programa federal de benefício emergencial.
Não há mais dinheiro segundo o Ministério da Economia, para que continuem a ser pagos auxílios ainda em que valores menores que R$ 300,00, atualmente pagos.
Uma das saídas vistas pelo Ministério da Cidadania, e pela Caixa Econômica Federal, é criar um programa de Microcrédito, para os trabalhadores informais.
O programa ofereceria financiamentos de R$ 1500,00 a R$ 5000,00.
E poderia ser usado para que os trabalhadores voltassem ao mercado de trabalho.
A Caixa, tem R$ 10 Bilhões em ativos que pode injetar para criar o Microcrédito, parcelando de maneira facilitada e longas parcelas para que o beneficiário possa pagar.
O financiamento seria realizado, com menos burocracias que qualquer outro empréstimo hoje de instituições financeiras.
Um problema é que, das pessoas que recebem o Auxilio Emergencial hoje, 38,8 milhões são do grupo chamadas de invisíveis.
Até antes da Pandemia, o governo não sabiam que essas pessoas existiam.
Elas não tinham conta em banco, registro na carteira ou qualquer contribuição com a Previdência Social.
É por isso que paralelo a isso, o governo ainda cria uma estratégia para criar o Renda Cidadã, programa de distribuição de renda que vai substituir o Bolsa Família.
Mas que está longe de sair do papel.
No caso do Microcrédito, o governo avalia que só os 10 Bilhões da Caixa, seriam pouco para dar conta da demanda de pedidos.
Por isso, quer um montante de R$ 25 Bilhões para o novo programa de incentivo.
Para que isso aconteça, o Ministério da Cidadania vem discutindo a questão com o Banco Central.
Uma das possibilidades, é aumentar os repasses obrigatórios que os bancos tem que fazer para o BC, para ampliar a capacidade do programa.
O Presidente do Banco Central, parece bem receptivo a ideia de criar mecanismos que ampliem o valor.
Mas ainda as conversas estão em fase inicial, e devem avançar mais nas próximas semanas.