Olho no Poder – Absurdo – Governo quer congelar aposentadorias e pensões para criar Renda Brasil
Por Guilherme Kalel e Ester Marini
Informe Post – 15/09/2020 | 8h03
O governo federal quer, através de uma proposta do Ministério da Economia, congelar os benefícios do INSS de aposentadoria e pensão por morte.
O congelamento valeria a partir de 2021, e não daria qualquer reajuste aos aposentados e pensionistas, mesmo que o Salário Mínimo aumente.
O congelamento serviria, para abrir espaço no Orçamento para abrigar o Renda Brasil, novo programa social do governo federal que deve substituir o Bolsa Família.
O programa pretende atender, 21 milhões de pessoas.
7 milhões amais que as 14 milhões que o Bolsa Família atende hoje.
Para isso, precisa de R$ 50 Bilhões ao ano para ser mantido, no valor de R$ 300,00, quisto pelo Presidente Bolsonaro.
O Bolsa Família gasta, 29 Bilhões por ano com um benefício médio de R$ 190,00 mensal por pessoa que o recebe.
O problema em toda essa historia, é que depois que o Ministro da Economia Paulo Guedes, propôs parar de pagar o abono salarial, tirar o seguro defeso, acabar com o programa
Farmácia Popular, e Bolsonaro rejeitou as propostas,
a equipe econômica começou a trabalhar em outras vertentes.
E chegou, na desindexação dos benefícios do INSS do Salário Mínimo.
Eles seriam congelados por 2 anos, onde não passariam por qualquer reajuste no período.
O Presidente da Câmara Rodrigo Maia, se disse nesta segunda-feira, favorável a medida.
Desde que ela atinja, a quem ganha mais de um salário.
Para Maia, não se pode cortar o reajuste de quem ganhe até um Salário Mínimo, porque a constituição não permite valores menores.
Muitos políticos estão convencidos, de que esta é uma saída aceitável para se criar o Renda Brasil,
e é exatamente aí que mora o perigo.
Deixar aposentados e pensionistas sem reajuste por 2 anos, é mexer numa categoria que na sua maioria de pessoas, só tem esse benefício para sobreviver.
Isso é injusto, é desigual e desumano.
É por isso que o sindicato de aposentados e pensionistas do INSS, é contrário a medida.