STJ mantém afastamento de Witzel
Por Ester Marini
Informe Post – 03/09/2020 | 7h
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, não voltará ao seu cargo.
Pelo menos não nos próximos 6 meses, se não sofrer processo de Impeachment neste tempo.
Ele foi afastado em 28 de agosto pelo STJ, numa decisão monocrática, questionada por sua defesa.
A Corte Especial do Tribunal, avaliou o caso, e decidiu por 14 votos a 1, mantê-lo fora do governo estadual.
Witzel, é acusado de ter recebido propina e ter montado um esquema, para desviar recursos da saúde, em meio a pandemia de Coronavírus no Rio.
O esquema do governador, visava arrecadar pelo menos R$ 2 Bilhões.
Mas os desvios segundo o apurado pela Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público Federal, chegaram a R$ 400 Milhões.
O governador foi afastado, porque no cargo oferecia risco as investigações e aos investigadores.
Longe da caneta, acredita-se que ele não tenha tanto poder de atrapalhar investigações.
Para seu lugar, assumiu o estado o Vice, Cláudio Castro.
Que também está sendo investigado no mesmo esquema.
O STJ determinou nesta quarta, a prorrogação da prisão temporária de Pastor Everaldo.
Ele é o Presidente Nacional do PSC, partido de Witzel, e foi apontado como um dos operadores do esquema de desvios na Saúde.
Outras duas pessoas que não estão presas, aparecem nas investigações como laranjas de Witzel e de Everaldo.
Eram membros da igreja evangélica, da qual o Pastor faz parte.
O governador afastado do Rio de Janeiro, disse que não cometeu atos ilícitos, e que se dedicará para provar sua inocência.
Ele alega estar sendo vítima de perseguição política, do grupo do Presidente Jair Bolsonaro, de quem se tornou desafeto após as eleições de 2018.