Volta as aulas – Estado de SP deixa decisão de reabertura nas mãos da prefeitura e 107 municípios já optam por regresso
Por Mariana Monary
Informe Post – 01/09/2020 | 16h44
O estado de São Paulo publicou nesta terça-feira, 1º, resolução que detalha como devem ser os retornos as aulas, em todas as cidades paulistas.
Nesse sentido, está nas mãos das prefeituras, definir o calendário de regresso, se em setembro ou se em outro momento de 2020.
Pelo menos 107 municípios, decidiram liberar as atividades escolares e devem seguir a diretriz do Estado para isso.
A prioridade é liberar, alunos do 1º, 2º, 5º 9º, ano do ensino fundamental.
E os do 3º ano do ensino médio.
São as fases consideradas cruciais de aprendizado, onde estudantes precisam de máxima atenção.
Nesse sentido, crianças e adolescentes poderão, nas cidades que permitirem, regressar as aulas ainda em 2020.
Nas redes pública e privada, a depender do decreto municipal.
Algumas cidades porém, descartaram a volta as aulas a partir de setembro.
Caso de São Paulo por exemplo.
Em outubro a situação será reavaliada.
Professores defendem que, neste ano as aulas permaneçam em modo Online, como vem ocorrendo desde abril.
Deste modo, só em 2021, regressariam com os alunos na salas de aulas.
A resolução estadual, prevê as condições sanitárias e de limitação de espaço para que as escolas reabram em SP.
Alunos e professores em risco
A volta as aulas pode significar, um retrocesso para o combate a Covid-19.
Embora a resolução determine que só as cidades há mais de 28 dias na fase amarela possam reabrir as suas escolas,
o problema real é que com a aglomeração de alunos e professores em sala de aulas, ainda que em menor número, aumentem os riscos de contaminação.
Estudos mostraram que, as crianças tem a mais alta carga viral da Covid-19.
E que a maior parte delas não tem sintomas do vírus.
Isso quer dizer que uma criança pode não apenas levar e espalhar isso na escola, mas também pegar na escola e levar para casa.
Onde muitas dessas crianças vivem, com pessoas do chamado grupo de risco.
Onde se apresentam mais complicações da doença.
Pais, devem se unir a professores que defendem que o ano não seja retomado,
para garantir o direito fundamental de seus filhos nesse momento.
Direito a vida.
Na China, que entrou em quarentena em janeiro por conta da Covid-19, só agora em setembro, as aulas estão sendo retomadas.
Lá, a quarentena foi de janeiro a abril, 4 meses.
E precisou passar mais 6, para que liberassem os estudantes para as salas de aulas, de maneira gradativa.
No Brasil, apressados, os governantes a qualquer maneira querem obrigar as pessoas a retomar suas rotinas.
Sem se importar com os riscos que isso implique.